Leitura Bíblica: 1Pedro 1.22-25
Porque Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação (2Tm 1.7).
É fato que as redes sociais têm encurtado distâncias, facilitando a possibilidade para encontrarmos antigos e novos amigos. Mas também é fato que as mesmas redes sociais têm criado um novo meio de relacionamento. Um meio que aproxima as pessoas, mas, ao mesmo tempo, impossibilita a intimidade. Temos muitos amigos, mas poucas amizades realmente profundas.
Muitos têm confundido o propósito dos relacionamentos virtuais. Augusto Cury fala sobre a ansiedade relacionada a expectativas erradas no mundo virtual. Ele disse: “Você já reparou como as redes sociais fomentam a ansiedade? Muitas pessoas ficam tão ansiosas nas redes sociais que, logo que publicam suas mensagens, esperam imediatamente que todos curtam”. Se os outros não curtem, ficam angustiadas. As pessoas deixaram o anonimato para expor as suas vidas. O que era antes privado, agora é feito em público. Foi gerada uma nova necessidade de exposição. Como relata Erick Morais, não ouvimos mais a frase que diz: penso, logo existo. Agora ela foi substituída por sou visto, logo existo. Cada vez mais temos a necessidade de mostrar nossos melhores sorrisos e momentos. As pessoas estão cada vez mais sozinhas e encontraram no mundo virtual uma maneira de serem notadas, abraçadas através de curtidas e comentários. Mas como não recebem o acolhimento que buscam, ficam tristes e frustradas.
Acredito que a solução não está em excluir as contas das redes sociais e sumir da internet. O cuidado que devemos tomar é a dosagem de tudo isso. O princípio bíblico de fazer tudo com moderação. Gerencie as expectativas em relação às amizades virtuais. Nunca acredite que o mundo virtual é um mundo real. Ele contém apenas flashes, cliques que representam uma pequena porcentagem da realidade. Gaste tempo com pessoas. Busque fazer amigos que você possa abraçar e conversar.
Amizades reais acontecem além do mundo virtual.