Leitura Bíblica: Eclesiastes 7.1-4
Melhor é a boa fama do que o unguento precioso, e o dia da morte, melhor do que o dia do nascimento (Ec 7.1).
Melhor o dia da morte do que o dia do nascimento. Como entender e aceitar esta frase? Quando Salomão diz isso e também que melhor é ir a casa onde há luto, ele se refere ao estado de seriedade e temor que o momento do luto nos proporciona. O v.4 explica isso: “O coração dos sábios está na casa do luto, mas o dos insensatos, na casa da alegria”. Num momento de tristeza, quando as lágrimas caem de nosso rosto, nosso pensamento e coração são purificados.
Mesmo sabendo que um ente querido está partindo em paz, que ele em vida deu exemplo de fé e firmeza em Cristo, não vamos felizes ao seu velório. Não podemos passar pelo luto com felicidade, isso seria doentio, maligno. Mas podemos, pelo Espírito Santo de Deus, ser confortados. Podemos compreender e entender a morte de forma aceitável. Pois mesmo não sabendo o dia da morte, todos nós sabemos que vamos morrer. E sabemos que o cristão tem em Cristo Jesus a vitória sobre a morte. Thomas Brooks disse: “A morte não é a morte do homem, mas a morte do seu pecado... O pecado é a parteira que trouxe a morte ao mundo e a morte é a sepultura para enterro do pecado. A morte entrou pelo pecado e o pecado sai pela morte. A morte de alguém em Cristo mata o pecado que a criou. Veja a morte como um descanso, um descanso completo. O dia da morte de um crente é o dia de seu descanso do pecado, da tristeza, das aflições, das tentações, das deserções, das dissensões, das vexações, das oposições, das perseguições... O dia da morte de um santo, é o alvorecer da glória eterna!”
O dia da morte é um dia de tristeza, mas pela graça de Deus é um dia em que ele trabalha em nosso coração, nos purificando, gerando em nós um novo propósito e gratidão. Que em todo tempo possamos glorificar a Deus por suas obras. E quando estivermos na casa onde há luto, que possamos meditar no poder de Deus que faz melhor o nosso coração.
O dia melhor é na presença de Deus.