Espinho na carne

Leitura Bíblica: 2Coríntios 12.7-10

Muitas são as aflições do justo, mas o SENHOR de todas o livra (Sl 34.19).

Seria muito bom se, depois de conhecermos a Deus, nossa vida ficasse isenta de problemas, de espinhos e dores. Mas não é assim. Seguir a Cristo não significa viver sem problemas. Significa ter uma vida de paz, alegria e confiança. Viver com Cristo é ter a possibilidade de, mesmo em meio aos problemas, ter força para dizer: A tua graça me basta. Paulo, sem dúvida alguma, foi um grande homem de Deus, mas a Bíblia diz que, para que ele não se engrandecesse com a grandeza das revelações que recebeu, o Senhor interveio colocando em Paulo um espinho na carne. Não sabemos bem o que seria este espinho que Paulo diz, mas sabemos que isso lhe afligia muito. Mesmo ele pedindo para Deus tirá-lo por três vezes, obteve a resposta: “Minha graça é suficiente para você” (2Co 12.9). O alívio que ele recebeu não foi a retirada do espinho, mas o grandioso alívio da graça. Ele entendeu que as dificuldades que enfrentava faziam parte do propósito de Deus para a sua vida. Disse: “Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte” (2Co 12.10).

Corrie Ten Boom escreveu um pequeno texto sobre este assunto, entitulado Caminhando Sobre as Pedras da Fé. Ela disse: “Costuma-se dizer que a remoção das pequenas pedras de um campo de plantio frequentemente onera os custos e nem sempre torna a colheita maior. Em muitos tipos de solo as pedras apresentam benefícios, atraindo a umidade e irradiando o calor. Ao relato de uma experiência em que a remoção das pedras foi tão desfavorável para a cultura no solo que elas foram novamente colocadas ali. Muitas vezes, como Paulo, clamamos a Deus para remoção de um espinho na carne. Mais tarde, a experiência nos ensina que foi melhor ele ter permanecido ali”.

Dia a dia aprendemos a caminhar sobre as pedras, a viver em meio às dificuldades e, como disse Corrie: “As coisas que pareciam esmagar, serão, no final, vistas como degraus nos quais eu pude subir”. 

Por amor a Cristo suportemos as fraquezas.