Mãos de Deus

Leitura Bíblica: Mateus 25.31-40

Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado (Ef 4.28).

Conta-se que durante a Segunda Guerra uma igreja foi destruída por completo em Estrasburgo, na divisa entre Alemanha e França. No entanto, uma estátua de Jesus que ficava no altar ficou quase totalmente intacta; somente as mãos estavam faltando. Quan­do a igreja foi reconstruída, um famoso escultor se ofereceu para fazer as mãos, mas depois de discutir sobre o assunto, os membros da igreja resolveram deixá-la do jeito que estava; ou seja, sem as mãos. “A razão”, disseram eles, “é que Jesus esta­va sem as mãos porque são as nossas mãos que devem fazer sua obra nesta Terra. Se não dermos comida aos pobres, água aos famintos, abrigo aos estrangeiros; se não visitarmos os que estão em prisões e não vestirmos os que estão nus, quem fará isso?” Billy Graham comenta esta história dizendo: “Cristo conta conosco para fazer as mesmas coisas que ele fez neste mundo. Meu amigo, se o evangelho que pregamos não tiver uma aplicação social e a obra não for feita de forma efetiva todos os dias nesta Terra, isso não é o evangelho de Jesus Cristo”. 

Interessante ouvir de um grande evangelista sobre a necessidade de ajudar ao necessitado com o pão. Isso reforça a ideia de que, apesar da pregação do evangelho ser principal e essencial, outras coisas também são importantes. Como podemos ver um irmão próximo em necessidade e tendo recursos não ajudar? João pergunta isso: “Ora, aquele que possuir recursos deste mundo, e vir a seu irmão padecer necessidade, e fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer nele o amor de Deus?” (1Jo 3.17). O fato aqui é que aquele que foi amado por Deus, aprende que deve amar e auxiliar seu irmão. Portanto, devemos evangelizar, sem esquecer das necessidades daqueles que estão em dificuldade. Tomando sempre cuidado para não cair em um outro extremo, o de passar a ajudar com o alimento físico, esquecendo de ao mesmo tempo oferecer o pão espiritual. 

Mãos juntas em oração e abertas para doação.