Leitura Bíblica: Salmo 39.6-8
Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não seja todo o teu corpo lançado no inferno (Mt 5.29).
Acredito que nosso maior inimigo possa ser nós mesmos. Às vezes nos preocupamos com pessoas que nos perseguem ou com os imprevistos dos acontecimentos, mas nada pior do que nossas decisões equivocadas, nosso mal testemunho e palavras para que nossa reputação e vida sejam abaladas.
Li uma oração com um título interessante: “Livra-me de mim mesmo”. Foi compartilhada por Joyce Kassim que, em resumo, dizia: Livra-me de mim! Pois não consigo ser perfeito como Tu és perfeito. Livra-me de mim! Eu preciso ter coragem para sair dessa inércia e dedicar mais tempo a tua palavra, a orar e jejuar mais. Livra-me de mim! Meus desejos reprimidos na maioria das vezes são executados por não te colocar em primeiro lugar, e a minha vontade acaba sendo realizada. Livra-me de mim! Livra-me da glória que quero para mim, e acabo esquecendo que a glória é tua e não minha. Livra-me de mim! Livra-me das minhas próprias verdades e convicções que ao invés de aproximar de ti, só me afastam. Livra-me da inteligência rasa que não está cheia de Ti e enche meu ego de teorias que, comparadas a tua glória, não passam de teorias.
Bernardo de Claraval, no Tratado da consciência ou do conhecimento de si mesmo, fez uma oração parecida: “Livrai-me, Senhor, do homem mau, isto é, de mim mesmo, de quem eu não posso separar-me. Porque, de qualquer lado que me vire, aonde queira que vá, seguem-me meus vícios, e também minha consciência, que está sempre presente para escrever tudo quanto faça. Bem que posso fugir, evitar os juízos dos homens. Não é assim com o veredito de minha própria consciência. Se posso ocultar dos homens o que fiz, não posso ocultar-me de mim mesmo o que sei”.
Que nossa oração seja: Pai, livra-me de mim e que Cristo viva em mim. Dia a dia devemos negar a nós mesmos para que a vontade de Deus se realize através de nossa vida.
Viva pela fé.