Leitura Bíblica: João 16.12-15
Pois um dia nos teus átrios vale mais que mil; prefiro estar à porta da casa do meu Deus, a permanecer nas tendas da perversidade (Sl 84.10).
Pedro Pereira Pedrosa tinha uma habilidade rara: imitava na perfeição a voz dos animais. O coim-coim do porco, o au-au do cachorro, o bé do carneiro, o relincho do burrico, tudo ele reproduzia de modo a enganar todo mundo. É tal e qual! - diziam os ouvintes maravilhados. Um dia apareceu na cidade um homem se propondo a derrotar o imitador: Vamos os dois imitar em público a voz de um porquinho; e se eu não ganhar a partida, cortem-me a cabeça! Chega o dia. Enche-se o teatro. Pedro aparece confiante na vitória e imita leitão novo de modo a entusiasmar o público. O outro agora! O outro! - berra a assistência. Apareceu o outro, embrulhado num capotão. Preparou-se, remexeu-se e, de repente: Coim! Coim! Coim! Vaia estrondosa: Fora! Fora! Pedro ganhou! Pedro imita melhor! Fora. O sujeito abriu o capote e suspendeu pelas orelhas um leitãozinho que trazia oculto: Vaiai, senhores, vaiai o verdadeiro autor dos conchos, pois foi este porquinho quem berrou e não eu. Os espectadores entreolharam-se encafifadíssimos.
Esta história do leitão me fez lembrar de outra. Dizem que Charles Chaplin entrou em um concurso de sósia dele mesmo e ficou em terceiro lugar. História que foi desmentida pelo próprio Chaplin em uma entrevista: “Por que é que eu faria isso? Passo o dia todo a trabalhar e certamente não iria querer fazer isso (entrar num concurso de sósias)”. A história segue sendo contada como verdadeira e bem que poderia ter acontecido. Vivemos em um tempo assustador quando a verdade que importa é a que a pessoa acredita. A chamada minha verdade, mesmo que seja uma absurda mentira. Em um tempo assim, fica difícil se firmar em uma verdade absoluta. Mas é o que devemos fazer. Precisamos pedir a Deus que nos dê discernimento para crer no que é real. Precisamos seguir no caminho da verdade e não no caminho que mais nos favorece.
Busque discernimento e sabedoria.