Leitura bíblica: Provérbios 2.1-6
O homem bom do bom tesouro do coração tira o bem, e o mau do mau tesouro tira o mal; porque a boca fala do que está cheio o coração (Lc 6.45).
Uma fábula de Esopo conta que um camponês ficou preso em seu estábulo pela tempestade. Como não podia sair para procurar alimento, começou a comer seus carneiros. Como a tempestade continuava, devorou as cabras. No terceiro dia, como não houve melhora, matou os bois de arado. Vendo-o agir assim, os cães falaram entre si: Vamos embora, pois se o nosso dono não hesitou em matar os bois, por que iria nos poupar? Resguardemo-nos de quem não hesita em fazer o mal a seus próximos.
Resguardemo-nos de todo mal. Quando percebemos que algo está errado, devemos nos afastar. Não somente das más companhias, mas também dos maus pensamentos e desejos. Na maioria das vezes somos previamente avisados sobre o perigo que se aproxima. À medida que tomamos consciência de que algo está errado, precisamos tomar uma decisão. “Consciência gera desconforto, e desconforto gera a ação necessária às mudanças” (Gustavo Cerbasi). Às vezes preferimos seguir em distrações, ignorando os avisos da consciência. Mas agir despreocupadamente diante de uma situação de perigo é uma atitude de muita imaturidade.
A vida é um presente e sempre nos surpreende com coisas boas, mas também esconde perigos. Precisamos ser vigilantes e atentos. Da mesma forma que não gostamos de fazer exames de saúde, não temos muita paciência de examinar nossa consciência. Alguns têm medo de fazer exames. Mark Hopkins disse muito bem: “Se seu estado for bom, o exame o confortará. Se seu estado é ruim, o exame não conseguirá fazê-lo piorar; aliás, é o único meio de fazê-lo melhorar, pois a conversão começa com o arrependimento”. Precaução nunca é demais. Quando algo aparentemente está errado, nunca é demais desconfiar. Se sentimos cheiro de fumaça, é bom olhar ao redor, pois um incêndio pode estar começando. Se não eliminamos o problema no início ele pode se tornar descontrolado.
Ouça os alertas do coração.