Leitura bíblica: 1Timóteo 6.11-16
E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (Rm 12.2).
Conta-se que Winston Churchill pegou um táxi para dar uma entrevista na BBC em Londres. Ao descer, pediu ao taxista que esperasse alguns minutos. O motorista, que não o tinha reconhecido, respondeu com entusiasmo: Não posso esperar, senhor, porque tenho que ir para casa ouvir o discurso que Churchill vai fazer na rádio. Após o momentâneo orgulho inicial, Churchill aplicou o teste de fogo: silenciosamente, sacou da carteira uma nota de dez libras e deu-lhe como gratificação. Ao ver a pequena fortuna oferecida, o taxista respondeu: Vou esperar o tempo que for, senhor, e que Churchill vá para o inferno! O lendário primeiro-ministro inglês refletiria assim ao recordar o episódio: “Os princípios foram modificados pelo dinheiro. Nações vendidas pelo dinheiro, honra vendida pelo dinheiro. Irmãos se vendem por dinheiro e até almas se vendem por dinheiro… Quem deu tanto poder ao dinheiro, que fez dos homens seus escravos? Por que não percebemos que o amor ao dinheiro está acabando com a dignidade do homem? Dinheiro pode comprar uma cama, mas nunca um sonho, comprar uma posição, mas não o respeito, comprar livros, mas não a inteligência… Quem acha que dinheiro faz tudo, acaba fazendo tudo por dinheiro”.
Bela reflexão. Devemos nos firmar na verdade e nunca ser influenciados a largar nossos princípios e valores por qualquer que seja a proposta. A verdade também não deve ser posta de lado pelos nossos desejos. É muito comum relativizarmos a verdade baseando-nos em uma vontade. Nossas emoções não podem ser fator de decisão quando o que eu desejo entra em confronto com o que eu devo fazer. A prioridade deve sempre ser da verdade e não da vontade momentânea. Gosto de dizer que devemos mover o querer e não ser movidos pelo que queremos. A sabedoria, a fé e a busca pela verdade aos poucos vai moldando a nossa vontade para que ela também seja boa, agradável e perfeita, como a vontade de Deus.
Na prática do bem nos distanciamos das coisas más.