Leitura bíblica: 1João 2.7-11
Tira a minha alma do cárcere, para que eu dê graças ao teu nome; os justos me rodearão, quando me fizeres esse bem (Sl 142.7).
Tira a minha alma do cárcere, da prisão do pecado. Tira-me da prisão do ódio em que muitos estão confinados. Infelizmente, há muita gente com o coração cheio de ódio. Muitos que aparentemente estão em paz, sempre sorrindo, falando com voz baixa, mostrando comportamento exemplar, mas por dentro remoendo ódio e rancor. Sempre observando tudo, culpando os outros, desejando o mal dos outros. O coração cada vez mais insensível, a saúde abalada. Já não conseguem dormir direito, maquinando o mal, pensando mal dos outros. Quem vive odiando os outros pensa que pode atingi-lo, mas o ódio mata quem odeia. Quem sofre não é o odiado. João disse: “Aquele, porém, que odeia a seu irmão está nas trevas, e anda nas trevas, e não sabe para onde vai, porque as trevas lhe cegaram os olhos” (1Jo 2.11). O ódio está na raiz de toda violência. Como disse Salomão: “O ódio excita contendas” (Pv 10.12a). Muitas atrocidades são cometidas diariamente pelo acúmulo e explosão de ódio. O ódio tem secado a alma das pessoas.
Este texto é um registro triste da humanidade. É também um alerta para nós. Que possamos viver livres do ódio. O ódio deseja revidar, o amor consegue perdoar. Alimentamos o ódio e nos prendemos nele quando nos tornamos juízes do mundo, opinando sobre o que cada pessoa deve fazer. Quando aprendemos a perdoar, nos libertamos do ódio. Quando, com amor, damos uma nova oportunidade a quem nos prejudicou. Salomão disse que enquanto o ódio causa contendas, “o amor cobre todas as transgressões” (Pv 10.12b) .
Não pratique o ódio, exerça o amor. A começar em seu lar, também no seu trabalho, na comunidade cristã que você frequenta. Exerça também o amor a si mesmo. A raiz do ódio pelos outros, na maioria das vezes, vem da dificuldade de conviver e aceitar a si mesmo. Se quisermos acabar com a violência, temos de nos libertar do ódio.
O ódio mata, o amor cura.