Salmo 45.1-7
Livrem-se de toda amargura, indignação e ira, gritaria e calúnia, bem como de toda maldade. (Ef 4.31)
Sempre entendi que se for preciso gritar para ser atendido é melhor não falar. Conquistar qualquer coisa por ser o que fala mais alto, não trará nenhum benefício. Pelo contrário, quando gritamos estamos demostrando aborrecimento, e nosso desejo de ser atendido a qualquer custo. Gritar é uma forma muito comum de violência.
Alguém disse o seguinte respondendo à pergunta sobre o porquê as pessoas gritam: “O fato é que, quando duas pessoas estão aborrecidas, seus corações se afastam muito. Para cobrir esta distância precisam gritar para poderem escutar-se mutuamente. Quanto mais aborrecidas estiverem, mais forte terão que gritar para ouvir um ao outro, através da grande distância”.
Realmente, gritar é demostrar afastamento no lugar do amor. Quando amamos, demostramos através da forma gentil que nos comunicamos. Às vezes nem é preciso falar, basta um olhar de aprovação.
É preciso tomar cuidado com as nossas palavras. Não adianta gritar tentando ser atendido. Nossos gritos só irão afastar as pessoas até que um dia elas estarão tão longe que não irão nos ouvir mais.
No lugar da gritaria, que nossas palavras transmitam paz e cura. Não negociamos a verdade, mas nem por isso devemos ser desagradáveis. Como Provérbios 16.24 diz: As palavras agradáveis são como um favo de mel, são doces para a alma e trazem cura para os ossos.
Toda irritação do dia dia não deve ser desculpa para sairmos por aí gritando com as pessoas. Ninguém deve sofrer as consequências das nossas frustrações. Mesmo porque, gritar com os outros não irá acalmar ninguém, só irá tirar a paz das outras pessoas. Gritando só iremos demonstrar aos outros a nossa falta de domínio próprio, nossa insensatez.
Que possamos, como o salmista, repletos da presença de Deus, ter cheio o coração de lindas palavras, e que de nossa língua saiam palavras suaves, palavras como de um habilidoso escritor.
A força das palavras não se encontra na gritaria.