Lamentações 3.26-33
“No muito falar não falta transgressão, mas o que modera os lábios é prudente” (Pv 10.19).
Aprender a falar é um momento muito especial da vida. A comunicação é parte vital para o relacionamento e desenvolvimento humano. Mas depois que aprendemos a falar, precisamos também saber calar. Como disse Salomão, existe um tempo apropriado para todas as coisas, tempo de estar calado e tempo de falar (Ec 3.7). Se a palavra é prata o silêncio vale ouro. Calar, cultivar a discrição, é sempre uma recomendação apropriada. Diz a expressão popular: “em boca fechada não entra mosca”.
A importância do silêncio está na oportunidade que ele nos dá de ouvir. Enquanto estamos falando, não escutamos. Moisés disse ao povo: “Guarda silêncio e ouve, ó Israel! Hoje, vieste a ser povo do Senhor, teu Deus. Portanto, obedecerás à voz do Senhor, teu Deus, e lhe cumprirás os mandamentos e os estatutos que hoje te ordeno” (Dt 27.9). Para ouvirmos a voz de Deus, mais do que falar é preciso ficar quieto. “Bom é aguardar a salvação do Senhor, e isso, em silêncio” (Lm 3.26).
Quem fala demais está propício a errar mais. Erra mais do que aquele que economiza palavras, que pensa antes de falar. É preciso tomar cuidado, uma palavra atirada ao vento não volta mais. Mesmo se o que falamos foi “sem pensar”, o que importa é que falamos. E, se foi algo mal dito, vai produzir más consequências. Muitas vezes é melhor nos aquietar do que falar. “Não temais; aquietai-vos e vede o livramento do Senhor que, hoje, vos fará” (Êx 14.13).
Bom é aguardar em silêncio.