Ações perigosas

Leitura Bíblica: Colossenses 3.15-17

Assim, quer vocês comam, bebam ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus (1Co 10.31).

Diz uma lenda que um rei, olhando da janela do palácio, percebeu que metade das pessoas do seu reino não tinha chapéu. Imediatamente ordenou a seu ministro que desse um jeito na situação. No dia seguinte verificou, surpreso, que uma mudança havia ocorrido: todas as pessoas que andavam pelas ruas portavam chapéu na cabeça. Indagando sobre os termos da solução, ouviu do ministro: “Mandei cortar a cabeça de quem não tinha chapéu”. 

Podemos achar horrível a solução encontrada pelo ministro. Não seria melhor dar chapéu para os que não tinham? Talvez o ministro tenha pensado nisto, mas e se eles não quisessem usar chapéu? A solução mais imediata, e que pôs fim ao problema, era realmente cortar as cabeças de quem não tinha chapéu. E por mais absurda que fosse, resolveu o problema. 

Como resolvemos os problemas que se apresentam diante de nós? Mesmo que não sejamos tão radicais como este ministro, será que não estamos sempre tentando fazer as coisas da forma mais rápida e fácil? Acreditando que os fins justificam os meios? Ações assim são muito mais comuns do que podemos imaginar. Precisamos sempre lembrar, que não devemos tentar resolver um problema criando outros maiores. Nem pensarmos de forma egoísta, importando apenas conosco mesmos.  

Acredito que o rei não deve ter se agradado da atitude desse ministro. Nossas ações, mais do que resolver nossos problemas, devem ser realizadas para agradar a Deus. Herman Dooyeweerd, no livro Reformai a vossa mente, disse: “onde quer que o homem esteja, seja o que for que faça, ou no que aplique a sua mão, na agricultura, no comércio, na indústria, ou sua mente, no mundo da arte e da ciência, ele está, seja onde for, constantemente diante da face de Deus, está empregado no serviço de Deus, deve obedecer estritamente a seu Deus e, acima de tudo, deve ter como alvo a glória de Deus”. 

Esforcemo-nos por fazer o bem.