Leitura Bíblica: Romanos 8.31-34
Não te precipites com a tua boca, nem o teu coração se apresse a pronunciar palavra alguma diante de Deus (Ec 5.2a).
Quando alguém é suspeito de praticar algo errado, geralmente logo faz um pronunciamento se defendendo. Se ficar calado quando foi acusado parece estar assumindo a culpa. Como diz o ditado: Quem cala consente. Mas será mesmo que precisamos ter uma postura defensiva, sempre argumentando, nos defendendo? Não podemos generalizar, existem situações que devemos falar, mas também não podemos esquecer que em muitos momentos a melhor defesa é o silêncio. Falar nem sempre resolve, pois quem está acusando geralmente não vai acreditar no que dissermos e ainda vai arrumar uma forma de usar o que dissemos contra nós mesmos.
Richard Foster, sobre a disciplina da solitude, disse: “Um motivo de quase não aguentarmos permanecer em silêncio é que ele nos faz sentir tão desamparados. Estamos acostumados demais a depender das palavras para manobrar e controlar os outros. Se estivermos em silêncio, quem assumirá o controle? Deus fará isto; mas nunca deixaremos que ele assuma o controle enquanto não confiarmos nele”. Foster lembra muito bem que não falar, ou não se defender, é uma forma de demonstrar que confiamos em Deus, que ele nos julga e nos ajuda. Melhor que nossos argumentos, é deixar que nossa justificação fique inteiramente com Deus.
Há uma história de um monge medieval que estava sendo injustamente acusado de certos erros. Certo dia ele olhava pela janela e viu lá fora um cachorro a morder e rasgar um tapete que havia sido pendurado para secar. Enquanto ele observava, o Senhor falou-lhe, dizendo: “É isso que estou fazendo com a sua reputação. Mas se você confiar em mim, não terá necessidade de preocupar-se com as opiniões dos outros”. Mais do que acreditar no poder de nossos argumentos, devemos crer que Deus pode justificar e endireitar tudo. A confiança em Deus é melhor do que muitas palavras. Descanse no perdão de Deus.
Nossa justificação vem de Deus.