Leitura Bíblica: Isaías 1.16-17
Quanto lhe for possível, não deixe de fazer o bem a quem dele precisa (Pv 3.27).
Francisco Gomes de Matos, em seu livro Visão e Parábolas, conta a seguinte fábula: Numa floresta distante, numa ilha perdida na imensidão do mar, havia um pequeno lago azul, onde dominava uma rã, orgulhosa de sua soberania. Ninguém a atormentava, senão os pernilongos noturnos. Um dia, ao acordar, contemplava extasiada o ambiente colorido, quando deparou-se com uma bem urdida teia, tecida à noite com carinho pela aranha, alegre e feliz com a sua obra. A rã, irada com o atrevimento da intrusa, destruiu impiedosamente sua teia. Tamanha violência não podia ficar sem resposta e a aranha foi buscar o apoio de sua tia caranguejeira, célebre por sua picada mortífera. Diante da ameaça, a rã aflita foi queixar-se à coruja, reconhecida como sábia e competente negociadora. A coruja comprometeu-se a intervir, lamentando a falta de conversação, que gera todas as crises. Finalmente, tudo ficou resolvido. A aranha teceu nova e exuberante teia e a rã, além de aprender a apreciar a beleza da construção, descobriu um ganho surpreendente: a teia funcionava como armadilha para os incômodos mosquitos que, antes, infernizavam sua vida. Concluiu a coruja: Quando todos percebem o que há de mutuamente válido, nas mínimas situações, a vida é harmoniosa e feliz.
Esta fábula representa uma situação muito comum na vida real. Na busca por defender interesses pessoais, muitos são intolerantes para com os outros. Esquecem-se de que a vida só é possível em comunidade. Uns completam os outros, uns precisam dos outros. Precisamos ser mais humildes, mais interessados em servir aos outros do que ser servidos. Enquanto ajudamos outros, somos recompensados. Enquanto amamos, somos amados. Quem age com misericórdia, com misericórdia é tratado. Quem perdoa, é também perdoado. Deixemos o que é mau, aprendamos a fazer o bem sem cansar ou desanimar. Que possamos ajudar e tratar bem o nosso próximo.
Melhor fazer o bem.