Leitura Bíblica: Salmo 37.26-29
Ao justo, nasce luz nas trevas; ele é benigno, misericordioso e justo (Sl 112.4).
Uma fábula conta que certa raposa caiu numa armadilha. Debateu-se, gemeu, chorou e finalmente conseguiu fugir, embora deixando na ratoeira sua linda cauda. Pobre raposa! Andava agora triste, sorumbática, sem coragem de aparecer diante das outras, com receio de vaia. Mas de tanto pensar no seu caso teve a ideia de convocar o povo raposeiro para uma grande reunião. Assunto gravíssimo! - explicou ela. Assunto que interessa a todos os animais. Reuniram-se as raposas e a sem rabo, tomando a palavra, disse: Amigas, respondam-me por obséquio: que serventia tem para nós a cauda? Bonita não é, útil não é, honrosa não é. Por que então continuarmos a trazer este grotesco apêndice às costas? Fora com ele! Vamos cortar nossa cauda. As ouvintes estranharam aquelas ideias e, matreiras como são, suspeitaram qualquer coisa. Ergueram-se do seu lugar e, dirigindo-se à oradora, pediram: Muito bem. Mas cortaremos primeiro a sua. Vire-se para cá, faça o favor. A pobre raposa, desapontada, teve de obedecer à intimação. Voltou de costas. Foi uma gargalhada geral. Está explicado o empenho dela em nos fazer mais bonitas. Fora! E correram-na dali.
Está explicado, a raposa que tinha perdido o rabo não estava preocupada com as outras raposas, mas em não se sentir inferior. Passando por uma limitação, sua intenção era limitar os outros. Devemos aprender a lidar com as nossas limitações e a superar nossos problemas. É muito triste quando uma pessoas deseja o mal para a outra, quando fica triste com o sucesso do outro. Precisamos fazer o bem ao próximo não apenas quando isso nos favorece. A bondade duvidosa desta raposa pode ser encontrada naquele que passando por uma cobrança se torna cobrador dos outros. E em seus atos de bondade esconde o favorecimento pessoal.
A bondade verdadeira se expressa em justiça. E mesmo a praticando sem interesse, somos beneficiados por praticá-la.
Deus ama a justiça.