Leitura bíblica: Salmo 19.12-14
Palavras agradáveis são como favo de mel: doces para a alma e medicina para o corpo (Pv 16.24).
Havia um mosteiro muito rígido. Seguia um estrito voto de silêncio, a ninguém era permitido falar. Mas havia uma pequena exceção a essa regra: a cada dez anos os monges tinham permissão de falar apenas duas palavras. Após passar seus primeiros dez anos no monastério, um jovem monge obteve permissão para ir falar ao Superior. Passaram-se dez anos - disse o monge Superior - Quais são as duas palavras que você gostaria de dizer? Cama dura... - disse o jovem. Entendo... - replicou o monge Superior. Dez anos depois, o monge retornou à sala do Superior: Passaram-se mais dez anos - disse o Superior - Quais são as duas palavras que você gostaria de dizer? Comida ruim... - disse o monge. Entendo... - replicou o Superior. Mais dez anos se foram e o monge uma vez mais encontrou-se com seu Superior, que perguntou: Quais são as duas palavras que você gostaria de dizer, após mais estes dez anos? Eu desisto! - disse o monge. Bem, eu entendo o porquê - replicou, cáustico, o monge superior - Tudo o que você sempre fez foi reclamar!
Claro que esta é uma história inventada. Mas nos faz refletir sobre algo muito importante. Em determinadas situações temos poucas oportunidades de falar. Nesses momentos, podemos aproveitar para observar e ouvir os outros falarem. É importante exercitar o dom de ouvir, como diz Tiago: “seja pronto para ouvir, tardio para falar” (Tg 1.19). E quando for a nossa vez de falar devemos aproveitar bem, falando coisas que expressem a nossa gratidão pela vida. A maioria das pessoas desperdiça as oportunidades que tem com reclamações. Quando tivermos oportunidade de falar, sejam as nossas palavras agradáveis e bondosas (Pv 16.24). Que Deus nos livre de viver amargurados, reclamando da vida e cegos às boas coisas que Deus nos dá. Temos motivos para reclamar, mas nossas queixas não devem ocupar o centro de nossas conversas.
Deus bom.