Leitura bíblica: Salmo 5.1-3
A sabedoria é o alvo do inteligente, mas os olhos do insensato vagam pelas extremidades da terra (Pv 17.24).
No Salmo 5, Davi ora dizendo: “Dá ouvidos, Senhor, às minhas palavras. A ti é que imploro. De manhã apresento a minha oração e fico esperando”. Percebemos a convicção do salmista. O alvo de sua oração é Deus - “A ti é que imploro”. Seu desejo de ser atendido e sua confiança lhe faz esperar. Ele ora e aguarda a resposta. “Ajuste a sua oração como o arqueiro coloca a flecha no arco. Olhe para o alto ao atirá-la e continue olhando para o alto e buscando uma resposta para a sua súplica. Você não pode esperar que Deus abra as janelas do Céu para derramar uma bênção sobre você se não abrir as janelas das suas expectativas para buscá-la! É sempre bom mirar bem ao orar. Algumas orações são como tiros aleatórios, logo não se pode esperar que atinjam o alvo. Porém, a oração de Davi foi bem mirada, e ele esperou que ela prevalecesse com Deus” (Spurgeon).
O que esperamos de Deus? Quais são as nossas súplicas? Talvez nossa falha comece aqui, em nem saber o que esperamos de Deus, em orar de forma aleatória, em nem lembrar sobre o que oramos. No lugar de aguardar a resposta, esquecemos o que pedimos. Nossos pedidos muitas vezes são contraditórios. Um dia queremos uma coisa, outro dia algo totalmente oposto.
O exemplo do arqueiro, usado por Spurgeon, é interessante. Um arqueiro mira sempre um alvo. Tensiona a corda e a solta na expectativa de acertá-lo. Depois de lançar a flecha, verifica se conseguiu acertar o alvo. Nós lançamos nossas petições a Deus. O alvo de nossas orações é o coração de Deus. Nossa oração precisa mirar a vontade de Deus. Nosso alvo é ela. Não devemos orar de qualquer jeito. Precisamos tensionar bem a corda, mirar o alvo e soltar a corda no momento certo. A viagem da flecha até o alvo é um momento de expectativa, de aguardo esperançoso, até obtermos a resposta do Senhor.
O Senhor responde as nossas orações.