Leitura bíblica: Salmo 56.1-4
De fato, grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento (1Tm 6.6).
O sultão estava a bordo de um navio com um dos seus melhores servos. O servo, que nunca havia feito uma viagem, sentou-se no porão do navio e choramingava. Todos foram bondosos para com ele e procuraram acalmar seu medo, mas essa bondade chegou somente ao seu ouvido, não ao seu coração medroso. O sultão não aguentava mais ouvir os choramingos do seu servo. Então Raquim, o sábio médico do navio, disse: Vossa Majestade, com vossa permissão, eu posso acalmá-lo. Sem demorar um instante, o sultão deu sua permissão. O Raquim mandou que os marinheiros jogassem o homem ao mar; os marinheiros fizeram isso ao chorão com muito prazer. O servo debateu-se na água, fez esforços para respirar, agarrou-se à borda do navio e implorou que o tomassem a bordo de novo. Então eles puxaram-no para cima. Daquele momento em diante ele sentou-se muito quieto num canto. Ninguém ouviu mais uma palavra de medo da sua boca. Embora a atitude do Raquim não seja muito aconselhável, no caso do servo chorão funcionou perfeitamente. Ele reclamava de um desconforto sem perceber como era bom estar protegido no navio e não perdido nas águas profundas do mar. Às vezes, só damos valor para algumas coisas depois que as perdemos. A frase “eu era feliz e não sabia” se aplica muitas vezes à nossa vida quando não percebemos o quanto estamos cercados de bênçãos. Mesmo que no momento atual nos falte algumas coisas, precisamos viver em contentamento e alegria. As coisas podem melhorar, mas também poderiam ser muito piores do que são.
As adversidades nos fazem mais fortes e mais resistentes ao sofrimento. Os problemas que já enfrentamos nos fazem dar maior valor aos momentos de paz e tranquilidade. Devemos nos lembrar principalmente que nossa esperança só pode ser firme e constante quando está em Deus. Ele é a nossa rocha que não se abala. Que o nosso maior prazer seja a alegria de pertencermos ao Senhor.
Nossa paz está em Deus e não na ausência de problemas.